quinta-feira, outubro 09, 2008

p.s. - I love you

Terminei de ler...

(...)"Não reconhecia a pessoa em que se tinha tornado: queria ser capaz de deixar de olhar para o relógio de cada vez que saía esperando que a noite acabasse depressa, a fim de poder voltar para casa e rastejar para a cama. Queria parar de desejar que o tempo passasse e, em vez disso, gozar o momento. Estava a ter dificuldade em gozar os momentos"(...)

(...)"Algumas pessoas passam a vida inteira à procura , e nunca encontram a sua alma gémea. Nunca encontram. Tu e eu encontrámos, só que aconteceu ficarmos juntos por um pequeno período de tempo. Isto é triste, mas é a vida! (...) abraça o facto de que tu tiveste alguém que amaste e que te corresponda no amor e passaram juntos longos anos maravilhosos. Abraça-os" (...)

(...) Não tenhas medo de te apaixonar outra vez. Abre o teu coração e segue para onde ele te levar...e lembra-te, pede a lua...
PS: Eu amar-te-ei sempre."(...)

Sei que se o tivesse lido noutra altura, não o tería conseguido ler até ao fim. A tradução não está grande coisa, tem alguns erros e a nivel de pontuação está fraquinho, mas enfim...é uma história de amor e não fosse eu estar tão sensivelzinha...

1 comentário:

Anónimo disse...

Como explicar o que senti?
Poderão meras palavras alguma vez exprimir o bater acelerado do coração quando te vejo?
Ou o quanto em ti, e só em ti, penso?
Nada, absolutamente nada poderá explicar o tudo que para mim representas!
Da vacuidade em que me encontro passo para o preenchimento total do meu ser quando te sinto em mim!
E tantas vezes te tenho sentido em mim, sobretudo quando não estás!
Nem tu sonhas, sequer, o quanto sonho contigo!
Onírica a lembrança de ti, que já foste real, que origina o tumulto do meu corpo.
As lágrimas, cuja presença nem sinto, escorrem em cascata, cada uma delas levando pelo meu corpo a lembrança de ti, que também por ele foste levada.
E que para ele também foste levada por mim, em momentos ímpares de ternura e carinho, sublimes passagens dignas de um Paraíso que, afinal, existe.
Ou, pelo menos, existiu.
E que, neste momento, tem as suas portas encerradas.
Talvez para todo o sempre desta existência.
Ficam eternas questões.
Porquê?
Quais os motivos?
Que te fiz eu?
Que julgas tu que te fiz?
O que fizemos, ambos?
Respostas que procuro, nas encruzilhadas das mil hipóteses que coloco, e não encontro.
Como não te encontro agora.
Como não te voltarei a encontrar.
Julgo que morro, e se calhar morro mesmo.
Parte de mim está morta.
Uma importante parte de mim.
Mas outra, que agora não me parece importante, permanece viva, embora escondida, obnubilada por essa parte morta, pois apenas nela reparo.
Apenas essa sinto, tentando ressuscitá-la, a todo o custo, com as memórias de ti.
Memórias que eu sei que o tempo não apagarão.
Apenas suavizarão.
Até passarem a meras, vagas, escurecidas e ténues lembranças de alguém que me fez sentir vivo, que me mostrou o caminho do amor.
Caminho que trilhei como apenas os que amam conseguem trilhar, com sofreguidão, sem olhar aos obstáculos - que obstáculos? Onde estão os obstáculos? -, apenas com os olhos postos nos teus, luz que me guiou, qual farol em noite escura.
Essa noite que voltou a mim.
O bréu envolve-me.
Os teus olhos não estão.
Tu não estás.
Luz não há.
Não te esqueço.
Não consigo.
Mas vou continuar.
Mereço continuar.
Sangrando por dentro.
Mostrando por fora o que não sinto.
Vou voltar a descobrir o que de bom há no mundo, apesar de o fazer sem ti.
É que há um mundo sem ti, embora não pareça e eu já não o conheça.
Hei-de voltar a sentir o calor do sol em minha pele.
Hei-de voltar a ver o céu de um azul que me faz recordar o mar.
Hei-de olhar para o mar e pensar que o céu é só um prolongamento das ondas e as nuvens representam o seu suave rebentar, salpicos brancos num azul capaz de motivar pinturas geniais, obras-primas dignas de galerias cheias de gente.
Hei-de sentir, de novo, o doce chilrear de bandos de pássaros que brincam entre si, pulando de ramo em ramo, nas belas árvores frondosas de um qualquer jardim.
Sei que esse dia chegará.
E se repetirá.
Até lá, porém, a tempestade é brutal e, qual pequeno bote à mercê das revoltas vagas que em redor se abatem, tento não naufragar.
Não posso naufragar.
Não posso...