terça-feira, novembro 19, 2013

Já faz frio, tanto frio. Custa tanto sair da cama, todas as manhãs.
Nestes dias assim, fresquinhos, sabe-me bem estar por casa, de pijama, meias quente, embrulhar-me no sofá, com uma chávena a fumegar e ir alternando entre uma série na TV e um soninho preguiçoso. Nos últimos dois dias pude-me dar a esse luxo, em pequenas doses, porque a vida não pára, mas estando de férias facilita. Amanhã já volto ao escritório, ás outras responsabilidades e à enorme falta de vontade.
É horrível, quando há tanta gente desempregada e em situações miseráveis, eu não ter qualquer vontade de ir trabalhar, mas é a minha realidade. Todos os dias penso: Não me apetece nada!
É desgastante! Frustrante!
Sei. Deveria dar Graças a Deus por ter um emprego, um ordenado certo no final do mês e não podería ser de outra forma, porque não podería estar desempregada, mas realmente...Não me tem mesmo apetecido. Sabe-me, realmente, bem estar em casa. Poder fazer coisas que gosto e sentir-me tão mais feliz. Sería bom... Gostava de poder criar a minha filha com tempo, passar com ela mais do que umas 3 horas por dia, poder ter tempo para estudarmos, brincarmos... Ter tempo e paciência. É que há dias que nem sequer tenho pachorra. Também é horrível de se dizer. Mas também é a verdade. Não me sinto pior mãe por isso. É a vida, a minha vida, a que é possivel. Acho que até determinada idade dos nossos filhos, deveríamos ter, por direito, mais tempo de qualidade para passarmos com eles! Sería justo! Para eles! Para nós! Ficávamos todos a ganhar, todos os implicados nesta equação, naturalmente! Pais e filhos.
Enfim, enquanto esta realidade não é possível, terei que viver com a outra. Assim vou preparar o dia de amanhã, que começa cedo, demasiado cedo para o nosso gosto!